Quanto mais cedo você souber que seguir a cultura da maioria dos brasileiros pode te trazer danos irreversíveis, melhor. A cultura financeira é uma das coisas que falta na população – e muito! -, na população do Brasil.
Pense comigo, quantas pessoas que você conhece, que vive pedindo dinheiro emprestado para simplesmente gastar com coisas que não acrescentam em nada ou até mesmo tem um salário bom, mas não sabe como administrá-lo?
Infelizmente o brasileiro precisa ser estudado, como dizem por aí. Os anos se passam e boa parte das pessoas não aprendem que a educação financeira é um pilar importante para crescer na vida e ter uma boa saúde financeira. Se você tiver isso em mente, estará um passo à frente de boa parte da população.
Por que a cultura financeira do brasileiro não é boa?
Essa resposta é simples. Quase todo mundo que você conhece não organiza o dinheiro como deveria. Durante um planejamento financeiro, as pessoas não listam corretamente todos os seus gastos, sendo as despesas a curto, médio e longo prazo.
Segundo a última pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), aproximadamente 45% dos brasileiros não fazem controle financeiro adequado. Dentro dos que fazem, 20% utilizam a própria memória para organizar as finanças.
Em todas as escolas, se aprende matemática, mas isso é o básico. Desde o início da jornada escolar, o ideal é que o aluno tenha orientação de educação financeira para ser um adulto consciente no futuro.
Mesmo assim, as aulinhas de empreendedorismo e finanças ainda caminham a passos lentos nas escolas do Brasil. Mesmo assim, a maioria das que possuem esse tipo de serviço são escolas particulares.
Com esse conjunto da ópera, aquela criança que aprendeu a fazer matemática na escola e que cresceu sem educação financeira, tanto na instituição de ensino, como em casa, cresce um adulto sem controle de fluxo e gastos, podendo ser mais um em meio a um oceano de endividados.
Precisamos aprender com outros países
A fama de outros países super desenvolvidos é que seus investimentos internos e externos são os maiores controladores da economia global. Nos Estados Unidos, as crianças com apenas 3 anos de idade aprendem o conceito de dinheiro. Aos oito anos, elas recebem aulas de como poupar o dinheiro que ganha e aos 12, já são considerados pequenos empreendedores.
Como um país não se torna desenvolvido se sua população infantil – o futuro cidadão -, consegue ter uma educação exemplar, no sentido financeiro e educacional? Um grande pilar para uma nação se tornar desenvolvida é a cultura financeira de seu povo.
Ainda falando sobre os EUA, a Federação dos Bancos Americanos promove um dia chamado Dia de Ensinar Finanças às Crianças. Neste dia, mais de 11 mil voluntários de instituições e agências bancárias visitam escolas e compartilham conhecimento financeiro com mais de 500 mil crianças.
É justamente essa consciência que falta no Brasil, que ainda anda devagar, mesmo com o grande acesso a tecnologia, a cultura financeira por aqui é muito falha.
Qual seria a solução para mudar a cultura financeira do brasileiro?
A educação é o caminho para o desenvolvimento de uma sociedade. Todo prisma educacional é a base para mudarmos a realidade de um país. A educação financeira funciona da mesma forma.
Os dados do Serasa apontam que cerca de 25% da população endividadas são pessoas jovens de 18 a 30 anos de idade. Isso mostra que a população jovem, vem se tornando cada vez mais devedora desde cedo. Pense comigo, um garoto completa 18 anos, adquire linhas de crédito e desperdiça a chance de ter uma vida equilibrada.
É necessário que exista uma educação financeira para o público infantil, jovem e mais maduro. A educação financeira deve ser ensinada inicialmente nas escolas e passada para as famílias ensinarem seus parentes dentro de casa. Esse modelo serve para modelarmos nossas crianças e jovens a ter um bom relacionamento com o dinheiro e correr do endividamento.
Ou seja, para que tudo isso mude, as políticas públicas devem ser implantadas para ajudar diversos públicos nessa jornada.
Sou um brasileiro sem educação financeira. O que devo fazer?
Primeiramente, você vai precisar mudar a sua mente. Sei que você não foi ensinado a ter uma boa educação financeira, mas é seu dever mudar de realidade antes que seja tarde.
Entender como se comportar em relação ao seu dinheiro é uma obrigação sua, integralmente.
Faça um planejamento
Esse planejamento deve ser mensal, semestral e anual. Você pode colocar também uma meta para comprar algo que deseja a longo prazo ou despesas que vão perdurar por meses ou anos.
O ideal é que seja feita uma planilha de gastos e arrecadação. Por exemplo, você coloca o dinheiro que ganha através do trabalho, serviços extras ou rendas relacionadas, sendo que o seu ganho mensal fixo deve ser priorizado deste lado. No outro lado coloque os seus gastos fixos e despesas em longo prazo.
Priorize não gastar mais do que ganha e sempre coloque um percentual para guardar dinheiro montando uma reserva financeira, que servirá em qualquer situação emergencial.
Aprenda a lidar com seus impulsos
Coloque os desejos de comprar tudo de lado. O certo é planejar-se para o momento certo e com margem. O ideal é que as compras sejam feitas no débito. Se você puder juntar o dinheiro para comprar o que tanto deseja ou fazer uma viagem, sem dúvidas, será a melhor escolha.
Caso você não consiga deixar seus impulsos de lado procure ajuda, pois em alguns casos, o negócio é mais sério do que a gente imagina.
Aprenda sobre investimentos
Se sua vontade é ser bem sucedido, os investimentos podem ser bons para você. Porém, ele deve ser feito com cautela, observando todos os parâmetros para você não cair em uma cilada.
Existem vários tipos de investimentos que você pode fazer. Separar uma fatia de seus ganhos para investir e fazer seu dinheiro crescer é uma boa estratégia para conseguir alcançar os seus objetivos e realizar os seus sonhos.
Entenda quais os principais tipos de investimentos e comece a investir o quanto antes! Essa é uma oportunidade que muitos brasileiros ainda não abriram os olhos. Dentro da educação financeira isso é um pilar muito importante, que deve ser inserido na cultura financeira do brasileiro.